domingo, 21 de junho de 2009

antonomásia

Chamam-me de canalha, certas beldades que conheci ao longo da vida.
Digo que ate gosto da palavra, “canalha”, soa-me bem aos ouvidos. Causa-me certo desconforto a conotação um tanto quanto agressiva que tal alcunha faz recair sobre minha figura.
Poderia uma pessoa como eu, legitimo e declarado partidário das praticas carnais e inveterado servidor dos meus sentidos e vontades, buscando sumariamente o prazer mutuo com o sexo oposto, ser um canalha?
Como posso receber tal titulatura, se respiro por suas fendas, se sorvo seus suores, se sugo lhes os fluidos?! Seus corpos, cada qual a seu modo, inspiram-me os “nervos”!
Cada cheiro, cada curva, cada “boca” úmida, são para mim, o alento diário de que necessito!

Mas ao refletir melhor, me ocorre neste instante, que de certa forma talvez eu mereça tal epíteto!
Não por egoísmo ou por falta de caráter, mas por ambição, única e exclusivamente!
Por desejar devorar a todas indistintamente ao menos uma vez em suas vidas!

Aquilante,2009

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